Naquela noite não conseguiu jantar, trancou-se no quarto para esperar passar a tremedeira. Só conseguia pensar que ele estava ali. Aquilo que mais temia acabara de acontecer. Ella pecara, como tantos, pela curiosidade que não achava ser excessiva. Tudo começou com sua atração pela área do cais do porto da cidade, então numa noite em que saiu com os amigos para a balada acabou indo parar lá. No início da festa disse que não estava se sentindo bem e pediu a Victor que a levasse para pegar um taxi, mesmo achando arriscado, ele concordou com a condição de que ligasse quando chegasse em casa. E assim Ella fez ao chegar na área portuária. Ficou perambulando entre os armazéns vazios, destinados em outra época, ao estoque de produtos vindos de outras partes do mundo. O porto fora desativado e aquele lugar estava quase abandonado. Resolveu seguir alguém que passou indo em direção a um bar que ocupava uma pequena porta num dos armazéns. Era um homem. Caminhava rápido, o seu jeito lembrou-lhe um bicho roedor, parecia um esquilo. Não percebeu sua presença e tão pouco parecia interessar-se por qualquer coisa alheia a ele. Ella queria parecer invisível ali, então vestiu-se a rigor, com o seu velho casacão preto, calças cargo e os coturnos para combinar. Ao entrar no bar, levou um susto, havia muita gente da sua idade por lá e usavam o mesmo uniforme.
Bromas Naquela manhã os meninos resolveram trancar as meninas dentro da sala de aula, para isso, enviaram os nerds à sala da coordenação de disciplina para pegar uma cópia da chave no armário. Atraíram elas mostrando um vídeo no telefone de Cássio. Ele disse que dera uns amassos na Brenda, a menina mais popular da sala, atrás do prédio do laboratório de ciências. Quando todas estavam agrupadas para ver o vídeo falso, eles saíram e trancaram a porta. Correram para fora da sala, carregando a sensação de vitória. Enquanto riam do que haviam aprontado, o estrondo tomou conta de todo o andar abaixo e o fogo foi ocupando todos os cantos inflamáveis. Os meninos viraram urdidura no meio da destruição. As meninas, antes, entretidas procurando no telefone as imagens, correram para a porta quando ouviram o barulho, não conseguiram abri-la. Foram para as janelas e viram o fogo escalando as paredes. Não tinham ideia de que o prédio estava quase todo destruído, ficaram só uma sala n
Parabéns. Obrigado por nos brindar com literatura de qualidade (coisa tão rara).
ResponderExcluirVisite nosso blog. poderemos trocar algumas figurinhas (letras).
Abraços literários.
Ricardo Porto.
http://www.clubedosescritoresdealvorada.blogspot.com/