Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de julho, 2009

Pablo's house - parte final

Bonnie resolveu aproximar-se do balcão de madeira do bar. Parou ao lado do homem de cabelo grisalho e pediu um refrigerante. Ele fez sinal para um dos funcionários. Ela perguntou se era o gerente, ele meneando a cabeça respondeu: - Não, sou o dono. Apresentaram-se. Ela comentou ter reparado que o nome e o sotaque dele pareciam estrangeiros. Pablo disse ter vindo da Argentina há alguns anos. A moça meio sem jeito, comenta que até então não tivera coragem de ir a um dos toaletes. Ele se oferece para acompanhá-la. Ela saiu do banheiro assustada com o espelho que refletia a imagem distorcida e todas aquelas plantas trepadeiras. Ele percebendo sua reação falou num tom didático – aquele lugar fora pensado para provocar sensação de medo, mas existiam ambientes agradáveis na casa. Caminhou no corredor na direção oposta de onde tinham vindo, Bonnie sentiu-se convidada. Perséfone conduz Syd ao final do corredor que dava num pequeno jardim. Dalí avistava-se uma grande porta. Era a entrada par

Pablo's house - V

Pablo conseguiu aprontar-se em poucos minutos. Chegou na danceteria antes de todos. Organizou os funcionários e deu as últimas instruções. Na hora em que foram abertas as portas, ele estava vestido à rigor. Depois colocou algo mais esportivo e sentou-se no bar como se fosse um dos freqüentadores, não conseguia tirar os olhos da morena de cabelos longos, que na pista de dança, se movia ao ritmo da música oriental, parecendo uma cobra hipnotizadora. Perséfone saiu de seu apartamento, no centro da cidade, antes das dez horas. Passou em duas casas noturnas por puro hábito. Observou o movimento ainda fraco. Antes das onze horas deveria estar no Pablo’s. Não concordou com o nome quando seu pai lhe revelou. Disse que parecia coisa de aculturado. O argumento dele foi relevante: - Neste pais tudo que está grafado em inglês recebe maior credibilidade. Ela ficou pensando se ele não se incomodava em ter descaracterizado o próprio nome, mas depois pensou que não podiam se dar a esses luxos. Er

Pablo's house - IV

Patricia viu Syd, assim que ele entrou no Pablo’s house, aproximou-se e convidou-o para dançar. Depois de percorrer alguns lugares na cidade, ele chegara ali, porque um amigo lhe dissera que iria gostar. Sentia necessidade de algo mais forte do que a cerveja oferecida por ela, pediu uma tequila, depois pediu que uma garçonete lhe indicasse o caminho dos banheiros, não gostou quando ela seguiu seus passos. Mas teve que admitir que não encontraria se ela não mostrasse. As luzes do caminho oscilavam e no banheiro olhou seu reflexo distorcido no espelho e sentiu ter perdido a identidade. Aquele lugar era cheio de truques. Olhou para baixo e o piso parecia ondulante,aquilo era real, estava tonto. Molhou os pulsos e esperou passar. Não imaginava quanto tempo ficara ali, quando saiu não viu Patrícia que entrara no toalete feminino. Esbarrou numa moça morena, cabelos curtos e picotados. Ela sorriu e ele pediu desculpas. Olhou para os lados constatando que a outra cansara de esperar. Perséf