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Mostrando postagens de dezembro, 2011
Reveses      O mais velho apanhava e não reagia, usava os braços como escudo, o mais novo e mais forte batia sem demonstrar remorso. Os transeuntes paravam para olhar, os motoristas de táxi   faziam uma espécie de torcida organizada, se animavam e quase apostaram quando o mais velho pegou uma pedra para atirar no outro. Na rua estreita do centro da cidade, existiam garagens e terminais de ônibus. Os que passavam ficavam revoltados ao ver o mais velho apanhando, não imaginavam   o início daquela história.      Tudo começou na época em que Mirtes chegou na cidade em busca de emprego, deixara o filho pequeno na cidade do interior com a mãe e o irmão caçula. Veio com a recomendação feita num bilhete manuscrito pela dona da farmácia, enviado para a irmã que morava na cidade grande e precisava de uma doméstica. O endereço, anotado no mesmo papel da apresentação, amassado e úmido do suor na mão aflita. Ao descer na rodoviária sem saber para onde seguir teve a sorte de encontrar Oví